EFE-O Brasil iniciou nesta
quarta-feira uma vasta operação de combate ao crime em seus 4.045 quilômetros
de fronteiras com Bolívia e Paraguai, que prevê a mobilização de 4,2 mil
militares, informaram fontes oficiais.
Trata-se da nona edição da
chamada Operação Ágata, uma mobilização anual de combate ao crime além da
fronteira e que no ano passado, como medida de segurança prévia à Copa do Mundo
do Brasil, se estendeu aos 16.886 quilômetros de extensão de todas as
fronteiras terrestres do país.
Na edição deste ano, as
operações de vigilância e fiscalização se limitarão aos 166 municípios dos
estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia que estão
próximos às fronteiras com a Bolívia e Paraguai, segundo um comunicado do
Ministério da Defesa.
A operação será dirigida desde
a sede do Comando Militar do Oeste (CMO) do Exército na cidade de Campo Grande
e terá como um de seus focos a cidade de Foz do Iguaçu, na tripla fronteira com
a Argentina e Paraguai e uma das principais portas de entrada do contrabando ao
Brasil.
"Os países vizinhos foram
informados da ação militar e enviaram observadores à capital do Mato Grosso
(Campo Grande)", segundo a nota do Exército.
Além dos 4,2 mil militares do
Exército, a Marinha e a Força Aérea, sob o comando do Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas, a operação mobilizará a 4.201 promotores e funcionários de 46
diferentes organismos públicos como Alfândega, policiais regionais,
Administração Federal de Impostos e diferentes agências reguladoras do país.
Igualmente, a ação mobilizará
57 veículos, entre aeronaves, patrulhas e embarcações.
Este ano será o primeiro em
que a Operação Ágata contará com o apoio de radares, câmaras, sensores e demais
equipamentos de vigilância que o Brasil instalou nas suas fronteiras como parte
do chamado Sistema Integrado de Vigilância Fronteiriça (Sisfron).
O objetivo da operação,
segundo o Ministério da Defesa, "é intensificar a presença do Estado
brasileiro nas fronteiras e contribuir para o combate e a redução dos delitos
além das fronteiras como contrabando, narcotráfico, tráfico de pessoas, armas e
munição, tráfico para prostituição, evasão de divisas, crimes ambientais, roubo
de veículos e mineração ilegal, entre outros".
Na oitava edição da Operação
Ágata, no ano passado, quando mobilizou 30 mil militares em todas as fronteiras
do país como parte das medidas de segurança da Copa do Mundo, o Brasil
apreendeu cerca de 36 mil quilos de drogas.
Em suas oito edições até o ano
passado, a operação apreendeu 68,1 toneladas de drogas, 21,9 toneladas de explosivos
e 229 armas, em cerca de 736 mil inspeções de veículos, embarcações e
aeronaves.
A mobilização deste ano também
prevê ações sociais, como a oferta de serviços médicos e odontológicos para os
moradores da fronteira, e de atividades recreativas e esportivas, assim como a
recuperação de estradas e de edificações públicas.
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