17 de agosto de 2015

Liberou? Usuários de maconha fazem apologia à droga e traficam no Facebook

Pessoas comuns, na maioria, jovens. São estudantes, trabalhadores e pais de família. Em meio às discussões sobre a liberação do uso da maconha no Brasil, estas pessoas acharam no Facebook um espaço para revelar um hábito, até então ilícito em nosso país. No grupo da rede social “#SB SAO PAULO”, com mais 80 mil membros, que ele classificam como “secreto” a imagem da droga é difundida e o entorpecente é até oferecido. 

A reportagem do Bocão News recebeu fotos de pessoas usando a maconha e exibindo pés e pequenas plantações do entorpecente. Grupos de amigos e famílias, em locais públicos e em casa se comportam como se a droga já estivesse sido liberada. Em uma das imagens, um homem aparece usando crachá em um local de trabalho fazendo uso da drogae convidando meninas para usar. Em outras fotos postadas pelos próprios usuários, eles aparecem com cigarro do entorpecente na mão, próximos a uma unidade policial e uma viatura da PM no estado de São Paulo. 

Além de mostrar várias formas de usar a droga, o preparo para o consumo, forma de dividir, qualidade da planta, um usuário pede ajuda para curar uma suposta praga em um pé de maconha. Outros perfis oferecem a droga, caracterizando tráfico em meio aos diversos convites e propagandas dos supostos benefícios da maconha a qualidade de vida.
O juiz de direito criminalista aposentado e professor universitário, Ubaldino Leite, explicou a reportagem do Bocão News que devido o consumo da droga não estar liberado, conforme o Artigo 28, da Lei 11.343/06, a apologia é crime. 
“Essa prática é criminosa. Tanto os responsáveis pela página do Facebook, quanto os internautas que acessam e exibem os conteúdos, podem ser condenados por tráfico e excitação ao uso do entorpecente”, afirma Ubaldino. Ainda segundo o criminalista, a apologia em questão é agravada pelo espaço onde acontece.
“Nesse caso existe o agravante de difundir em rede social. Pois isso aumenta o incentivo ao uso e a tráfico da droga”, disse. Além do #SB São Paulo, outros grupos com a mesma ideologia foram encontrados na rede social pela reportagem. 

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