Dia 1º de setembro de 2015. A data certamente jamais será esquecida pelos fãs do vale tudo. Afinal, uma das lendas do esporte, o baiano de Vitória da Conquista Rodrigo 'Minotauro' Nogueira anunciou nesta terça-feira, 1º, em uma coletiva de imprensa, no Rio de Janeiro, sua aposentadoria do MMA (Artes Marciais Mistas, na sigla em inglês).
Aos 39 anos, Minotauro deixa para trás as luvas, protetor bucal e calção. Agora, irá usar calça, terno, paletó e sapatos. Isto porque, o brasileiro não deu 'adeus' definitivo ao esporte que lhe consagrou. Ele assumiu a função de Embaixador de Relacionamento com Atletas do UFC Brasil, uma espécie de 'caça talentos'.
Em seu novo cargo, segundo comunicado do UFC - principal torneio de vale tudo do mundo-, Minotauro "vai participar de diversas iniciativas pelas regiões do Brasil.
Ele será a ligação da organização entre atletas, patrocinadores, mídias e órgãos governamentais (...), irá auxiliar o UFC a manter o mais alto padrão dos lutadores e, ao mesmo tempo, atuar como um mentor de jovens atletas".
Contactado pela reportagem, Minotauro não se mostrou abatido. Ao contrário, disse estar "honrado em poder continuar os laços com o UFC". "É aquela coisa, foi um prazer para mim ter recebido esse convite de Dana White, Lorenzo e Frank Fertitta (donos do UFC). Como eu disse na coletiva, sempre tive a paixão de acompanhar o desenvolvimento de novos atletas. Quero dar minha contribuição para o surgimento e desenvolvimento de jovens talentos".
Ao logo de 16 anos de carreira e competindo nos principais eventos do mundo- entre eles o extinto Pride -, Minotauro acumulou 34 vitórias, um empate, um 'No Contest' (luta sem resultado) e apenas 10 derrotas.
Curiosamente, três delas vieram em suas últimas três lutas - os reveses foram diante de Fabrício Werdum (2013), Roy Nelson (2014) e Stefan Struve (2015). A última vez que Minotauro venceu no UFC foi em 2012, na edição 153, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, ele finalizou Dave Herman no segundo round, com uma chave de braço.
Desde então, o baiano sofreu com sucessivas lesões nas costas, joelhos e ombro. Fato este que não lhe permitiu fazer mais que uma luta por ano. "Tem hora que o corpo não aguenta", ressaltou ele, que promove um seminário, sábado, às 10h, na Academia Champion, na Cidade Nova.
A Tarde
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