Valores mantidos em sigilo de uma conta na Suíça atribuída ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram bloqueadas pelo Ministério Público do país. De acordo com o Estadão, as autoridades suíças darão mais informações sobre as investigações até a quinta-feira (1º).
Três delatores da Operação Lava Jato afirmaram que Cunha era beneficiário no esquema. Segundo o Estadão, além deles, Eduardo Musa, ex-gerente da área Internacional da Petrobras, disse que ouviu de João Augusto Rezende Henriques que quem dava a palavra final sobre indicações na Diretoria Internacional da estatal era Cunha.
Henriques, lobista ligado ao PMDB, está preso e é um dos delatores. Ele afirmou que abriu conta na Suíça para pagar propina a Eduardo Cunha. Essa conta, especificamente, foi bloqueada após reportagem de ÉPOCA em 2013.
A colaboração entre a força-tarefa da Lava Jato e as autoridades suíças tenta rastrear os recursos movimentados no exterior pelo esquema de corrupção da Petrobras. Segundo a Folha, dados de uma conta secreta atribuída a Cunha serão enviados pelos suíços ao Brasil.
O presidente da Câmara nega que tenha recebido dinheiro ilícito. No Twitter, na terça-feira, escreveu mensagens sobre as denúncias:
"Quero desmentir com veemência ter recebido qualquer valor de quem quer que seja referente às denúncias vinculadas. Desconheço teor de depoimentos e meu advogado, Antônio Fernando de Souza, cuidará de responder na medida que conheça o conteúdo. Por orientação expressa dele, não estou comentando qualquer detalhe, ainda mais sobre conteúdo a que não tive acesso. Mas não poderia deixar de desmentir as insinuações de recebimento de qualquer vantagem. De quem quer que seja."
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