25 de dezembro de 2015

Brasileiros vão continuar pagando mais caro pela energia em 2016

O ano de 2016 vai começar como termina o de 2015: com os brasileiros pagando mais caro pela energia elétrica. Isso acontece mesmo depois da chuvarada do fim do ano, que encheu os reservatórios e permitiu que algumas usinas termelétricas fossem desligadas. Uma nova revisão de tarifas só vai acontecer – se acontecer – em fevereiro.
No Rio Grande, o nível da represa de Furnas subiu de 12% em dezembro do ano passado para 29% agora. Em Marimbondo, de 16% para 57%. No Rio Tietê, Barra Bonita estava com 41% da capacidade um ano atrás e agora tem 65%. Em Promissão, o nível aumentou mais de três vezes, de 24% para 86%. A maior recuperação aconteceu na divisa do Paraná com São Paulo. Há um ano, os dois maiores reservatórios do Rio Paranapanema estavam com 16% da sua capacidade. Chavantes agora está com 94% e Capivara com 96%, ou seja, o volume de água acumulada multiplicou seis vezes. No Rio Paraná, existem contrastes. Ilha Solteira não se recuperou e o nível da represa permanece o mesmo de dezembro do ano passado: 0%. Em compensação, em Itaipu, está sobrando água. O volume da represa subiu de 77% para101%. A maior usina do Brasil e segunda do mundo produz 17% de toda a energia consumida no país. Mas se a os reservatórios estão bem mais cheios e as usinas produzindo mais, porque os brasileiros seguem pagando mais caro pela energia? A tarifa está com bandeira vermelha desde que o sistema foi criado, no começo deste ano. São R$ 4,50 a mais na conta para cada 100 quilowatts consumidos. O principal motivo é que parte da energia que entra no sistema vem das termoelétricas que têm custo mais alto.
VN

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