A Feira Internacional da Agropecuária da Bahia (Fenagro) terminou ontem e, em questão de público, superou as expectativas dos organizadores. Milhares de pessoas lotaram o Parque de Exposições, local que foi palco da maior feira agropecuária do Norte/Nordeste desde o dia 28 de novembro. Batendo recorde de público com mais de 100 mil visitantes (pagantes e não pagantes), a Fenagro movimentou cerca de R$ 100 milhões.
“Os negócios foram muito bons. A maioria dos leilões vendeu mais do que no ano passado. Só nesses 18 leilões que nós tivemos, devemos ter vendido uns R$20 milhões. Mais do que a nossa expectativa, que era de R$ 15 milhões. Em média, fomos de 20 a 30% superior que em 2014”, destacou o diretor da Associação de Caprinos e Ovinos da Bahia e coordenador geral da Fenagro, Almir Lins.
Ao contrário dos anos anteriores quando a bilheteria do evento computava pouco mais de 15 mil pagantes, este ano cerca de 30 mil pessoas pagaram. “Essa foi uma das melhores Fenagro que já tivemos em termo de quantitativo de público, expositor, criador. Temos essa peculiaridade de que muita gente não paga – idosos e crianças, cortesias, credenciais. A cada um pagante, quatro não pagam. Então, no total, acho que tivemos mais de 100 mil visitantes.”, explicou o coordenador.
Não era dia das crianças, mas o Parque de Exposições foi tomado pelos pequenos durante o domingo. Com a diversidade da Fenagro, que inclui parque de diversões, feira gastronômica, feira de artesanato, exposição de pequenos animais e até Papai Noel, o evento acabou sendo o escolhido pelos baianos para curtir o domingo em família.
“Cada casal vem com os filhos, sobrinhos. Entram com quatro, seis crianças. E isso é legal. A gente divulga e traz novidades nas atrações justamente para trazer esse público. Tem muita atração infantil. A gente sempre trazia um parquinho pequeno, dessa vez a gente trouxe um parque bem moderno, grande. Temos vários brinquedos infantis. É uma movimentação imbatível. É isso que a gente queria: movimentar”, destacou Lins.
Para o coordenador geral do evento, o incidente que aconteceu no início da Fenagro, quando um cavalo morreu eletrocutado, teve seu impacto negativo. No entanto, acabou dando mais visibilidade ao evento. “A Bahia inteira ficou sabendo que a Fenagro está acontecendo. O negativo é que as pessoas poderiam ficar na dúvida, se estava aberto ou se não estava, se estava seguro. Mas, depois de muita informação, a impressa passando o que estava acontecendo, que o problema foi logo resolvido, a feira prosseguiu bem. A feira é segura”, garantiu.
Crise financeira está distante da elite agropecuária
Durante entrevista à Tribuna da Bahia na tarde de ontem (6), o diretor da Associação de Caprinos e Ovinos da Bahia e coordenador geral da Fenagro, Almir Lins, revelou que a crise financeira ainda não chegou ao setor de animais de elite da agropecuária. “Pode ser que até chegue, mas ainda não chegou. Todos os leilões que tem acontecido, aqui e em outros estados, têm sido melhores que os dos anos anteriores”, afirmou.
Uma das cinco maiores do País, a Fenagro é uma realização da Central das Exposições, representada pela Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia (Accoba). O evento é promovido em parceria com o governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura (Seagri), que apresentarou as novidades de 19 cadeias produtivas, além dos serviços do Centro Tecnológico da Agropecuária, e através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que organiza, dentro da Fenagro, a Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Febafes).
A Fenagro teve ainda o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil (BB) e Desenbahia.
Tribuna da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário