17 de fevereiro de 2016

Padre José Raimundo faz reflexão sobre a Quaresma. Confira!

O Padre José Raimundo dos Santos, natural de Santo Antonio de Jesus/BA, que está em Roma na Itália, faz uma reflexão acerca da Parábola do juízo final, encontrada no Evangelho de Mateus 25: 31- 46 (15-02), na primeira semana da Quaresma. Ele diz que há várias páginas da Sagrada Escritura que podem ser meditadas na semana da Quaresma para redescobrir o rosto misericordioso do Pai. Então precisamos fazer essa experiência de descobrir o rosto misericordioso do Pai. Como vamos descobrir o Pai nessa semana?


 Ele afirma que estamos vivendo o tempo da Quaresma e esse ano em particular estamos vivendo dentro desse período o ano da misericórdia, o Ano Santo.  No documento que proclamava, convocava o ano da misericórdia, uma bula que se chama o ‘rosto da misericórdia’, nº 17 , o Papa Francisco declara: ” A Quaresma desse ano jubilar deve ser vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar, experimentar a misericórdia de Deus.”

O Papa Francisco também dava um indicativo muito bom para vivermos o ano da misericórdia, no n° 13 dessa bula de convocação: ” Portanto para sermos capazes de misericórdia  devemos primeiro   por-nos à escuta da  palavra de Deus.”

  Que isso significa? ” Significa recuperar o valor do silêncio para meditar a palavra de Deus que nos é dirigida. Desse modo é possível contemplar a misericórdia de Deus e assumi-la como próprio estilo de vida. Queremos contemplar o rosto misericordioso do Pai.  E Para isso, para fazer do jeito do Pai o nosso próprio jeito de ser, o nosso modo de viver, como o Pai vive, queremos viver, também nós.”- afirma o Padre José Raimundo.

 O Evangelho citado nos aponta o Pai. De que modo nos apresenta o Pai? também nos apresentando o Filho. Um Pai que desde o início do mundo preparou um reino para nós; um Pai que prepara uma casa para os filhos. Quando uma mãe está grávida ela prepara tudo, assim o Pai Celeste prepara para mim e para você.

  Na Parábola contada por Jesus no Evangelho de Mateus, O Rei dirá no juízo final para aqueles que se encontram à sua direita: “Eu tive fome e me deste de comer; eu tive sede e me deste de beber; eu estive peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim (…) Em verdade vos declaro todas as vezes que fizestes isto ao menor dos meus irmãos, aos mais pequeninos foi a mim que o fizestes.” Em seguida o Rei se volta para a sua esquerda “Retirai-vos de mim, malditos, ide para o fogo eterno, destinado para  o demônio e os seus anjos.”

Os justos na Sagrada Escritura significa santos.  Mas no período de Jesus algumas pessoas pensavam que para ser justos teriam que cumprir alguns ritos de purificação. E hoje como se vive a justiça? Jesus mostra quando se é justo. A justiça se vive assim.

O Papa Francisco falando sobre o ano da misericórdia ele diz: ” É meu vivo desejo que o povo cristão reflita durante o ano jubileu sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual;  será uma forma de acordar a nossa consciência as vezes adormecida perante  o drama da pobreza e de entrar cada vez mais no coração do evangelho onde os pobres são privilegiados da misericórdia divina.

A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos, redescubramos as obras de misericórdia: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos.

Por que estamos vivendo o ano da misericórdia? porque o Papa Francisco quis celebrar os 50 anos de encerramento do Conselho Vaticano II, recordando que aquele foi um ano de graças para todos nós e a igreja está vivendo no início desse novo milênio das graças daqueles cinquenta anos, de redescoberta da missão evangelizadora da igreja.


E cada um de nós que estamos fazendo essa caminhada quaresmal, tempo de penitência e renovação, precisamos redescobrir nos pobres o sacramento de Jesus, o sinal que continua vivendo aqui no mundo, concluiu o padre José Raimundo. (Redação: Jocinere Soares/Tribuna do Recôncavo)

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