O Padre José Raimundo dos Santos, natural de Santo
Antonio de Jesus/BA, que está em Roma na Itália, faz uma reflexão acerca da
Parábola do juízo final, encontrada no Evangelho de Mateus 25: 31- 46 (15-02),
na primeira semana da Quaresma. Ele diz que há várias páginas da Sagrada
Escritura que podem ser meditadas na semana da Quaresma para redescobrir o
rosto misericordioso do Pai. Então precisamos fazer essa experiência de
descobrir o rosto misericordioso do Pai. Como vamos descobrir o Pai nessa
semana?
Ele afirma que
estamos vivendo o tempo da Quaresma e esse ano em particular estamos vivendo
dentro desse período o ano da misericórdia, o Ano Santo. No documento que proclamava, convocava o ano
da misericórdia, uma bula que se chama o ‘rosto da misericórdia’, nº 17 , o
Papa Francisco declara: ” A Quaresma desse ano jubilar deve ser vivida mais
intensamente como tempo forte para celebrar, experimentar a misericórdia de
Deus.”
O Papa Francisco também dava um indicativo muito bom para
vivermos o ano da misericórdia, no n° 13 dessa bula de convocação: ” Portanto
para sermos capazes de misericórdia
devemos primeiro por-nos à
escuta da palavra de Deus.”
Que isso
significa? ” Significa recuperar o valor do silêncio para meditar a palavra de
Deus que nos é dirigida. Desse modo é possível contemplar a misericórdia de
Deus e assumi-la como próprio estilo de vida. Queremos contemplar o rosto
misericordioso do Pai. E Para isso, para
fazer do jeito do Pai o nosso próprio jeito de ser, o nosso modo de viver, como
o Pai vive, queremos viver, também nós.”- afirma o Padre José Raimundo.
O Evangelho citado
nos aponta o Pai. De que modo nos apresenta o Pai? também nos apresentando o
Filho. Um Pai que desde o início do mundo preparou um reino para nós; um Pai
que prepara uma casa para os filhos. Quando uma mãe está grávida ela prepara
tudo, assim o Pai Celeste prepara para mim e para você.
Na Parábola
contada por Jesus no Evangelho de Mateus, O Rei dirá no juízo final para
aqueles que se encontram à sua direita: “Eu tive fome e me deste de comer; eu
tive sede e me deste de beber; eu estive peregrino e me acolhestes; nu e me
vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim (…) Em
verdade vos declaro todas as vezes que fizestes isto ao menor dos meus irmãos,
aos mais pequeninos foi a mim que o fizestes.” Em seguida o Rei se volta para a
sua esquerda “Retirai-vos de mim, malditos, ide para o fogo eterno, destinado
para o demônio e os seus anjos.”
Os justos na Sagrada Escritura significa santos. Mas no período de Jesus algumas pessoas
pensavam que para ser justos teriam que cumprir alguns ritos de purificação. E
hoje como se vive a justiça? Jesus mostra quando se é justo. A justiça se vive
assim.
O Papa Francisco falando sobre o ano da misericórdia ele
diz: ” É meu vivo desejo que o povo cristão reflita durante o ano jubileu sobre
as obras de misericórdia corporal e espiritual;
será uma forma de acordar a nossa consciência as vezes adormecida
perante o drama da pobreza e de entrar
cada vez mais no coração do evangelho onde os pobres são privilegiados da
misericórdia divina.
A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de
misericórdia para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos,
redescubramos as obras de misericórdia: dar de comer aos famintos, dar de beber
aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos
enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos.
Por que estamos vivendo o ano da misericórdia? porque o
Papa Francisco quis celebrar os 50 anos de encerramento do Conselho Vaticano
II, recordando que aquele foi um ano de graças para todos nós e a igreja está
vivendo no início desse novo milênio das graças daqueles cinquenta anos, de
redescoberta da missão evangelizadora da igreja.
E cada um de nós que estamos fazendo essa caminhada
quaresmal, tempo de penitência e renovação, precisamos redescobrir nos pobres o
sacramento de Jesus, o sinal que continua vivendo aqui no mundo, concluiu o
padre José Raimundo. (Redação: Jocinere Soares/Tribuna do Recôncavo)
Meu primo Parabens!
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