Nove pessoas envolvidas no sequestro da cabeleireira Arlethe Silva Patez foram condenadas pela Justiça a 94 anos e quatro meses de prisão, na soma total das penas. Outros três suspeitos de envolvimento no crime ainda estão foragidos.
A cabeleireira era proprietária do salão de beleza e estava deixando o local, no Costa Azul, quando foi sequestrada.
Ela ficou dez dias no cativeiro até ser resgatada.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, as condenações aconteceram na quinta-feira (3). Andresson Lopes Oliveira, o Gordo, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão.
Ele é apontado pela polícia como o responsável por escolher a vítima, acompanhar a rotina da cabeleireira e manter a quadrilha informada. Gordo é marido de uma das funcionárias do salão de beleza de Arlethe.
O soldado da Polícia Militar Solemar Alves Campos foi condenado a 13 anos de prisão. Ele roubou um veículo Gol, utilizado no dia do sequestro para levar a empresaria até o local do cativeiro, no município de Wenceslau Guimarães, no Sul da Bahia. Ele e Gordo foram presos cerca de um mês após o crime.
Solemar tinha o dever também de intervir caso o carro fosse parado em uma blitz, aproveitando do fato de ser policial. Ele era lotado na 41ª Companhia Independente de Polícia Militar (Federação). Filipe Assis Lima, que ajudou o militar no roubo do veículo Gol, foi condenado a quatro anos e oito meses - a menor pena.
Outros sequestradores receberam diversas penas: Romildo de Jesus Oliveira, o Binho (13 anos), Edicléia Silva Santos (13) - eles foram presos em setembro do ano passado - Manoel Candido da Paz, o Pastor (8), José Evandro de Oliveira Santos, o Vando (10), Inael Moura de Jesus, o Beibe (11), e João Santos Souza (12). Todos já estão presos.
Procurados
A polícia procura ainda pelo traficante Manoel Rafael Bispo de Jesus, o Jorge Bocão, e pelo casal Edson Teixeira dos Santos Júnior e a mulher Vanusa Resende Brito, integrantes da quadrilha. Os três suspeitos têm mandado de prisão preventiva em aberto.
O principal alvo é o traficante o Jorge Bocão. Segundo a polícia ele atua em Valença, no Sul da Bahia, e é um dos líderes da quadrilha. Apesar de ainda está foragido, ele foi condenado há 15 anos de prisão por este crime. Outro suspeito também apontado pela polícia como líder da quadrilha, Damião dos Santos, o Dan, morreu em confronto com a polícia, em agosto do ano passado -.
A investigação foi realizada por policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil, com o Ministério Público e Poder Judiciário.
Correio
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