Brazilian, brésilien, brasiliano, brasileño, Brazilac... O Brasil chega ao Jogos Rio 2016 mais cosmopolita do que nunca. Em tempos de Brexit, com a saída do Reino Unido da União Europeia, e discussões ao redor do mundo sobre imigração, o país-sede assumiu a diversidade cultural tão marcante e chega para Olimpíada representado pelo maior número de naturalizados da história. Serão 23 no total, de 13 países, em dez modalidades, e que representam 4,9% da delegação.
Seja por descendência, matrimônio, tempo de permanência ou simplesmente "contratação" para reforçar modalidades em que o país não tem tanta tradição, o esporte brasileiro fez valer das brechas da lei para chegar forte ao Rio 2016. O aumento de gringos no Time Brasil é imenso em relação aos Jogos de Londres 2012, quando somente o americano Larry Taylor, do basquete, e a mesa-tenista Lin Gui, chinesa, foram "intrusos". O caso mais bem-sucedido de naturalização é o de Rodrigo Pessoa. Nascido na França e filho de brasileiro, o cavaleiro foi campeão olímpico de saltos em Atenas 2004 e tem ainda o bronze por equipes em Atlante 1996 e Sydney 2000. Aos 43 anos, ele é reserva na delegação que está no Rio 2016 e pode aumentar a lista caso participe da disputa. O polo aquático, com cinco naturalizações entre os homens e duas no feminino, foi o esporte mais beneficiado, seguido pelo hóquei sobre grama, que tem seis. A decisão sobre a aceitação do atleta estrangeiro cabe às federações específicas, de acordo com comunicado enviado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ao GloboEsporte.com. O critério utilizado para considerar um atleta estrangeiro foi o local de nascimento, independentemente da relação dos pais com o Brasil. Assim, os Estados Unidos são o país que mais cedeu atletas, com quatro: Isadora Cerrullo, do rugby, Rosângela Santos, do atletismo, Luisa Borges, do nado sincronizado e a velejadora Patrícia Freitas. Na sequência, vêm Holanda e França, com três, Inglaterra, Espanha e Itália, com dois. Entre os casos mais controversos, estão os do sérvio Slobodan Soro e do croata Josip Vrlic, do polo aquático. Amigos do brasileiro Felipe Perrone, que, apesar de carioca, defendia a Espanha e também foi convencido a jogar pelo Brasil, eles foram convidados para defender a Seleção mesmo sem nenhuma relação com o país e recebem salários da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário