Há sete anos a ginástica artística reverencia Kohei Uchimura. De tão perfeito, o japonês é chamado de rei, domina a prova do individual geral. Alguns o consideram imbatível, uma máquina. Nesta quarta-feira, o ucraniano Oleg Verniaiev mostrou que é sim possível destronar King Kohei. Mas não foi desta vez. Na última nota, o ginasta arrancou o bicampeonato olímpico e estendeu por mais um ano seu reinado no individual geral.
Por menos de um décimo, o ousado desafiante ficou com a prata na Olimpíada do Rio de Janeiro (92,365 x 92,266). O britânico Max Whitlock levou o bronze em meio à festa japonesa. Vida longa ao rei! Dois brasileiros foram súditos honrados e viram de perto King Kohei mais uma vez conquistar o título. Décimo colocado nos Jogos de Londres, Sérgio Sasaki acertou tudo, somou 89,198 pontos, e conseguiu o nono lugar, melhor posição de um brasileiro na história. Arthur Nory disputou pela primeira vez uma final olímpica individual e saiu da Arena Olímpica satisfeito com a 17ª colocação, com 87,331 pontos. A festa maior, claro, foi de Uchimura. Não foi a primeira vez que conquistou o título no último aparelho, mas nunca a distância para um adversário tinha sido tão pequena. Nunca seu reinado esteve tão ameaçado. O bi foi conquistado, assim como seu primeiro título por equipes no Rio de Janeiro. Ele quer mais, quer um terceiro ouro. No domingo, King Kohei tenta a apoteose olímpica na final do solo, quando terá como adversários os brasileiros Diego Hypolito e Arthur Nory e principalmente o compatriota Kenzo Shirai.
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