Poucas horas depois de a Justiça da Espanha confirmar que irá processar Neymar por corrupção, o Barcelona se pronunciou nesta segunda-feira, por meio de nota oficial, na qual se disse "surpreso" com a decisão de reabrir o processo, que estava arquivado, e insistiu que "ninguém entende nada". O clube garantiu que vai recorrer da decisão e lembra que, em julho, o mesmo juiz do caso, José de la Mata, decidiu encerrar o caso.
Na avaliação do Barça, De la Mata é "incoerente" e sua decisão vai "contra a segurança jurídica". "Temos sido transparentes", garante o clube, que é acusado de ocultar contratos na polêmica aquisição do craque, em 2013, quando o brasileiro trocou o Santos pela equipe espanhol. "Não houve corrupção", insistiu o Barcelona, lembrando que foi Neymar quem quis jogar pelo Barça. "Não houve má intenção de nossa parte. Aceitamos que poderia ter sido feito melhor. Mas não houve infração penal", concluiu o clube. Além de Neymar, José de la Mata também optou por processar o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, além do pai do jogador e até mesmo ex-dirigentes, como Sandro Rosell, presidente do clube catalão na época da contratação do jogador junto ao Santos.O caso havia sido iniciado pela empresa DIS, que geria parte dos direitos sobre Neymar quando o brasileiro ainda atuava pelo Santos. O Tribunal na Espanha já havia aceitado o processo, que ainda aponta para a manipulação de contratos. Pela lei, uma eventual condenação máxima poderia resultar em uma prisão de oito anos pelos crimes, ou uma multa milionária. A queixa tem, como origem, a divisão do pagamento que o Barcelona deveria realizar na compra do jogador. Para a DIS, ela deveria receber 40% do dinheiro que o clube catalão ou qualquer outro gastaria no jogador. Mas a empresa insiste que apenas recebeu 17,1 milhões de euros do Barcelona. As investigações na Espanha acabaram revelando que o valor real pago por Neymar chegou a 83 milhões de euros, o que acabou sendo confirmado pelo Barcelona e levado à queda de sua diretoria. Mas 40 milhões de euros teriam ido para Neymar por meio de "contratos simulados". Para a DIS, uma negociação transparente com outros clubes teria gerado mais dinheiro para a empresa que, ao não saber de outros contratos de Neymar com o Barcelona, considera que foi lesada financeiramente.
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