A médica cubana Disleimi
Alvarez, de 25 anos, desembarcou na Base Aérea de Salvador, na manhã desta
quinta-feira, 15, ao lado de outros 116 profissionais de saúde da ilha
caribenha. A chegada foi o final de um processo que começou há um ano, quando
ela se inscreveu para vir ao Brasil por meio da cooperação firmada entre o país
e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). No sábado, 17, outros 75 cubanos
se juntarão a Disleimi e colegas. Os 192 médicos da ilha comunista serão
divididos entre 158 municípios baianos, em substituição a profissionais do
primeiro e segundo ciclos do Mais Médicos que se desligaram do programa.
Nesta sexta, 16, eles
começarão a se deslocar para as cidades onde irão atuar. Enquanto isso, ficarão
hospedados na sede dos Fuzileiros Navais, no Comércio. A transferência, segundo
a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), será finalizada na próxima
segunda, 19. Disleimi Alvarez, que morava na capital cubana, Havana, atenderá
pacientes em um posto de saúde de Macaúbas, município distante 682 km de
Salvador. Ela, que é especialista em medicina geral e integrada, afirmou nesta
quinta estar “muito feliz” com a chegada à capital baiana. “Tenho pesquisado
sobre o país e sinto-me alegre”, contou.
“Quero atender as famílias que
precisam, para prevenir doenças crônicas”, prospectou. Os médicos cubanos foram
recebidos nesta quinta pelo titular da Sesab, Fábio Vilas-Boas, por
representantes do Ministério da Saúde e pelo coordenador do programa Mais
Médicos no governo da Bahia, Ângelo Castro Lima. Lima explicou que, em 2017,
outras quatro turmas de cubanos, que chegaram ao país há três anos, serão
substituídas. Até lá, entretanto, a expectativa da Sesab é que médicos
brasileiros passem a se interessar pelas vagas do programa. Atualmente, antes
de serem oferecidas a cubanos, elas são disponibilizadas a brasileiros e
estrangeiros de qualquer nacionalidade.
Na Bahia, 1.464 profissionais
atuam pelo programa federal, sendo que 1.060 deles são cubanos. O número de
médicos da ilha corresponde a 73% do total de enviados ao estado pelo
Ministério da Saúde. São, ao todo, 381 municípios e nove distritos indígenas atendidos.
Especialista em medicina da família, a cubana Bárbara Monteiro, 38, é uma das
médicas que chegaram nesta quinta à Bahia para integrar o quadro do programa.
Oriunda de Santiago de Cuba, província do país caribenho, ela diz que o
atendimento a pessoas que até então não possuíam assistência de saúde “causa
emoção”. “Fico muito emocionada pela oportunidade de conhecer outra cultura,
outras crenças e outros estilos de vida”, afirmou. “Vou conhecer muitas pessoas
e tentar ajudá-las em tudo que puder”, completou. Fonte: A Tarde.
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