Na tarde desta quarta-feira,
28/12/16, uma pessoa do distrito de Maragogipinho foi conduzido para a
delegacia por prática de crime ambiental. Averiguando denúncia, prepostos do MP
Ambiental chegaram à uma residência onde nove aves da fauna silvestre estavam
sendo mantidas em cativeiro ilegal e seis delas em absoluto estado de maus
tratos. As aves, após apresentadas na delegacia, foram conduzidas ao
veterinário Ubirajara, em Santo Antonio de Jesus, quem ratificou o estado de
maus tratos, sendo que das cinco sabiás apreendidas, uma está cega de um olho e
com uma das pernas quebrada; outra sabiá estava com tantas fezes, já
cristalizadas na pata, que precisou de um alicate para remover a sujeira; um
periquito também apreendido, está cego de um olho e com o peito seco, devido ao
total estado de desnutrição provocado pela alimentação inadequada fornecida. As
outras três sabiás apresentavam ferimentos nas narinas, mostrando que as aves
são recém capturadas, já que na residência também foram apreendidos dois alçapões
apropriados para capturar aves de médio porte. Em conversa com o Sub ten
Rebouças, o militar ressaltou que
a maioria das aves que vêm a óbito na
promotoria, são provenientes da região de Nazaré das Farinhas e sua região, que
protagoniza os maiores absurdos de maus tratos que chegam lá, que inclusive na
semana passada apreendeu um Canário-da-terra compleamente cego, na cidade de
Muniz Ferreira, isso sem contar outros absurdo, tipo aves sem pernas e bicos
provenientes das entregas pela PM daquela região. Acrescentou ainda Rebouças,
que as aves enfermas, apreendidas hoje, já passaram pelo veterinário e já estão
recebendo medicação preventiva. Depois irão para um voador, onde é possível
observar quais poderão retornar à natureza,
após um período de readaptação. Já as aves cegas e aleijadas, serão
encaminhadas ao Cetas de Salvador. O elemento detido responderá por cativeiro
ilegal e maus tratos, Arts. 29 e 32 da Lei 9.605/98- já que o laudo veterinário
será acostado ao processo por requisição da promotoria. O Sub Ten Rebouças
chamou a atenção nossa para uma coisa que ele vem observando ao longo das
inúmeras pessoas que conduz às delegacias: "assim que a pessoa recebe voz
de prisão para ser conduzida à delegacia, começa a ligar para todos que
conhecem, para o socorrerem, pois ficam com medo de serem presas, medo de irem
para trás das grades. Entretanto, essa mesma preocupação não é vista dessas
mesmas pessoas em relação às aves que eles prendem em gaiolas, sem que tenham
cometido qualquer delito para tanto, e ainda ficando sujeita a esses
maus-tratos absurdos e dignos de repúdio".
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