O décimo ano da lei federal que implementou o Dia Nacional
de Combate à Intolerância Religiosa foi comemorado no sábado, 21, com
um ato ecumênico no Parque Metropolitano do Abaeté, no bairro de Itapuã em
Salvador. Aos pés do busto de Mãe Gilda de Ogum (ialorixá que
originou a data, após morrer por causa do ataque de religiosos neopentecostais
ao terreiro dela), o evento reuniu filhos, pais e mães de santo e adeptos de
outras correntes religiosas.
Entre eles, estava o líder espírita José Medrado, fundador da
Cidade da Luz, que citou Paulo Freire para pedir “amor e paz nas relações entre
as diversas religiões”. O bloco afro Malê Debalê, com sede no bairro,
também participou das homenagens, exatamente dezessete anos após a morte de Mãe
Gilda ter ocorrido.
A data serviu, ainda, para o lançamento da campanha “Respeito
às diferenças, essa é a crença”, promovida pela Secretaria Estadual de Promoção
da Igualdade Racial (Sepromi). Titular da pasta, a secretária Fabya Reis
afirma que a homenagem a Mãe Gilda tem a função, também, de divulgar os
equipamentos estaduais de acolhimento às vitimas de intolerância. “Queremos
divulgar para que as pessoas possam denunciar, por que intolerância religiosa é
crime”, assinalou Fabya. (A Tarde)
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