Em depoimento à polícia, a mulher do embaixador grego Kyriakos Amiridis, Françoise Amiridis, de 40 anos, negou ter planejado o assassinato. Ela está presa temporariamente no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, suspeita de participar do crime. Françoise disse à polícia que tinha uma relação extraconjugal havia seis meses com o soldado da PM Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, e atribuiu a autoria do crime a ele.
Segundo ela, a motivação teria sido ciúmes. O policial e um primo dele também estão presos sob suspeita de participação na morte do diplomata. Em seu relato, ela disse, segundo a polícia, que não poderia ter evitado o crime. Afirmou que estava fora de casa no momento em que tudo aconteceu. Segundo as investigações, Kyriakos Amiridis foi morto na própria casa e, na sequência, seu corpo foi retirado do local pelo policial militar e levado no próprio carro alugado pelo embaixador a um local onde foi queimado junto com o veículo. O embaixador foi considerado desaparecido por três dias e
seu corpo foi encontrado na última quinta-feira (29).
Segundo a polícia, Françoise disse que notou, no dia seguinte ao desaparecimento do embaixador, que o sofá do apartamento onde o casal estava hospedado, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estava molhado. O sofá foi peça-chave da investigação da polícia, pois os agentes encontraram nele manchas de sangue. Segundo depoimento, ela então questionou o amante, que então teria confessado a ela ter matado o embaixador. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Evaristo Pontes, o soldado da PM confessou à polícia ter matado o diplomata. Em depoimento, negou que o ato tivesse sido premeditado e disse que foi resultado de uma luta corporal entre os dois. A polícia diz não acreditar na versão de Françoise.
O delegado responsável pelo caso afirma ter provas do envolvimento dela. Parte da suspeita tem base no depoimento do primo do soldado, Eduardo Moreira, 24, também preso temporariamente. A polícia o acusa de ter sido cúmplice do crime ao ajudar o primo PM a se desfazer do corpo do embaixador. Em seu relato, Eduardo afirmou que Françoise havia oferecido R$ 80 mil para que ele participasse do assassinato, valor que seria pago 30 dias após o assassinato. Embora enfatize serem investigações preliminares, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido planejado pelo casal para que a viúva herdasse seus bens.
Correio24hs
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