O presidente eleito dos
Estados Unidos, Donald Trump, prometeu apresentar em um prazo de 90 dias um
relatório completo sobre os suspostos casos de hacker e espionagem que têm
causado alvoroço no país na última semana.
Em postagens hoje (13) no
Twitter, o magnata republicano voltou a falar sobre a veiculação de
"notícias falsas" e sugeriu que foi alvo de um complô de seus
"oponentes políticos, tanto democratas quanto republicanos", e de um
"espião falido que tem medo de ser processado". "Meu povo terá
um relatório completo sobre hacking dentro de 90 dias!", escreveu o
vencedor das eleições de novembro à Casa Branca.
Trump, que tomará posse no
próximo dia 20, tem negado veementemente que a Rússia tenha informações
comprometedoras sobre sua vida pessoal, como vídeos de orgias com prostitutas
durante viagens que fizera a Moscou quando ainda não era candidato. A
possibilidade da Rússia possuir um "dossiê" contra Trump para
chantageá-lo foi levantada em um relatório escrito pelo ex-agente britânico
Christopher Steele, de 52 anos, que atualmente é proprietário da consultoria
Orbis Business Intelligence.
Em um estudo de 35 páginas que
chegou a ser apresentado pelo FBI a Trump e ao presidente dos EUA, Barack
Obama, o britânico, que trabalhou por 20 anos em Moscou, afirmava que o governo
russo possui uma série de dados sobre Trump. Esse relatório veio à tona nesta
semana por meio da rede CNN e do site Buzzfeed. A Rússia negou que esse dossiê
contra Trump exista, enquanto o republicano acusou a mídia de publicar
"notícias falsas" e se recusou a responder a um repórter da CNN durante
uma coletiva de imprensa.
Em meio à esta crise, Trump
mudou o tom contra Moscou e admitiu pela primeira vez que hackers russos
poderiam estar envolvidos em ataques contra computadores do Partido Democrata
durante a campanha eleitoral no ano passado. Segundo ele, equipamentos do
Partido Republicano também teriam sofrido uma tentativa de espionagem. A
declaração vai na contramão da postura adotada pelo magnata durante toda a
eleição, que era de amizade com o líder russo, Vladimir Putin, e de possível
reaproximação entre Washington e Moscou.
Agência Brasil
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