1 de março de 2017

Com problemas, trio de Moraes Moreira volta a parar e atrasa fim do Carnaval na Barra

Os problemas técnicos que impediram o trio de Moraes Moreira de sair no horário previsto no último domingo e só iniciar o desfile no Circuito Dodô (Barra-Ondina) mais de uma hora depois voltaram a acontecer nesta terça-feira (28), quando o cantor se apresenta novamente no local e se despede do Carnaval 2017. Dessa vez, no entanto, o trio deu início ao seu desfile sem problemas, mas pouco depois do Barra Center voltou a parar.
No domingo (26), o motivo do atraso na saída foi um problema na embreagem que só foi resolvido com a troca da cabine do caminhão. “Isso é uma sacanagem comigo e com o povo da Bahia! Se esse caminhão não funcionar, vou fazer que nem Dodô e Osmar fizeram: se quebrar, vamos empurrar essa porr*!”, disse o
cantor que também faz parte do grupo Os Novos Baianos, arrancando gritos de aprovação do público.
Grande parte do público que marca presença atrás do trio de Moraes Moreira neste último dia de Carnaval também não desistiu de acompanhá-lo até o final a apresentação. No Farol da Barra, o trio de Viviane Tripodi, que deveria ter saído há pelo menos meia hora do local, ainda anima os foliões por lá. O trio de Seu Maxixe, que segue entre os dois, também atrasou o desfile.
Apesar do atraso geral nos desfiles dos trios, os músicos da BaianaSystem, que às 0h irão se apresentar no Palco Skol, já montam seus equipamentos para o show de logo mais. No domingo, a apresentação do rapper paulista Emicida começou mais tarde que o previsto justamente por conta de atrasos como esse.
Em entrevista ao CORREIO na noite desta terça-feira, o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, comentou sobre o que ele definiu como "prioridade". "A gente tem uma frota de trios elétricos sucateadas. Os trios elétricos são muito antigos em sua maioria, por mais que eles passem pelo processo de fiscalização, onde a gente tem todos os órgãos responsáveis cuidando disso, o Crea, a Transalvador, o Detran, a Vigilância Sanitária, mas eles ainda deixam muito a desejar. A gente gostaria muito de mobilizar os empresários do setor para que eles comecem a criar novas alternativas", comentou.
Ainda segundo Edington, o circuito não suporta mais cinquenta equipamentos, trios elétricos gigantescos, com vários carros de apoio também grandes. "Acho que a gente tem de focar no folião, em mais espaço para as pessoas, em equipamentos mais modernos, com som melhor e também mais sustentáveis. Esse é o grande desafio para o futuro próximo do Carnaval de Salvador, para que tenhamos mais conforto e segurança nas ruas", finalizou.

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