As celebrações festivas em homenagens a São Cosme e São Damião começaram às 6h desta quinta-feira (27), na paróquia dedicada aos santos gêmeos, localizada no bairro da Liberdade, em Salvador.
Os fiéis chegaram cedo à paróquia para agradecer as graças alcançadas e renovar os pedidos a São Cosme e São Damião.
Estão programadas missas ao longo de todo o dia. A primeira começou às 6h e, em seguida, haverá missa à 7h, 8h30, 10h, 12h, 15h30 e 18h. O ponto alto da festa será a Missa Solene presidida pelo bispo auxiliar, Dom Hélio Pereira dos Santos, às 18h. Os paroquianos participarão ainda de um momento de louvor às 14h e de procissão às 17h.
Para a Igreja Católica, o dia de celebrar os santos gêmeos é 26 de setembro. Já para as religiões de matriz africana, a data é 27 de setembro. Isso ocorre porque a Igreja Católica instituiu o 26 de setembro a partir de 1969, quando
houve uma reforma no seu calendário litúrgico e preferiu manter o 27 de setembro dedicado a São Vicente de Paulo, já que, segundo a Igreja, havia documentação mais consistente acerca de sua morte nesta data.
As religiões de matriz africana começaram seguindo a Igreja Católica com relação à data de comemoração de Cosme e Damião, porém, com a mudança em 1969, optaram por manter a comemoração no dia 27.
História de Cosme e Damião
São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã, e ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas.
Os irmãos foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.
Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência. Os santos não cobravam por seus serviços médicos, por esta razão espalhou-se a ideia de que os gêmeos não gostavam de dinheiro.
Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador.
No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.
Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas, mas não morreram quando atingidos. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.
Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé.
Distribuição de doces
Além de serem considerados os padroeiros da medicina, dos farmacêuticos e das faculdades da medicina, os santos gêmeos também são os protetores das crianças. Por isso, uma forma de celebrar Cosme e Damião e a proteção deles é distribuir doces às crianças.
A tradição tem origem nas religiões de matriz africana, como um agrado para os gêmeos orixás Ibejis, filhos de Iansã e Xangô. (g1Bahia)
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