2 de dezembro de 2022

Copa do Mundo: evento motiva superstições e tradições de torcedores

Foto: Reprodução/ Fauzan Saari/ Unsplash

Durante a Copa do Mundo, o envolvimento da torcida brasileira é tamanho, pela força que o futebol possui no país, que muitas vezes resulta em uma uma conciliação entre o esporte com o íntimo dos cidadãos. Tudo se mistura, e a admiração acaba se encontrando com a tradição e a superstição do povo.

No período de realização do evento, milhares de brasileiros alimentam um sentimento de pertencimento coletivo, e, como reflexo disso, os torcedores urgem em procurar maneiras para ajudar a Seleção no que estiver dentro do alcance - recorrendo a práticas ligadas diretamente a um universo de crenças populares.

Nos dias em que o Brasil joga na Copa, acreditando que trará sorte ao time, tem gente que insiste em ouvir apenas a partida narrada no rádio; tem quem queime bonecos de papel que representam o time adversário; tem também aqueles que se contentam em descobrir o placar só no final da partida, para preservar a possibilidade de vitória, porque se consideram "pé frio". 
No caso de um dos torcedores mais emblemáticos da Seleção, Clóvis Fernandes, conhecido pelo apelido de ‘Gaúcho da Copa’, ele manteve por sete edições consecutivas do Mundial a tradição de se esforçar para acompanhar as partidas do Brasil pessoalmente, viajando aos países que estavam sediando o evento para demonstrar seu apoio aos jogadores. Além disso, por ser devoto de Nossa Senhora, a superstição que tinha era a de realizar “uma oração forte, seguida do sinal da cruz”, de acordo com seu filho mais velho, Frank Fernandes.

Conhecido como “torcedor símbolo", por sua dedicação, Clóvis acabou se tornando uma espécie de amuleto e conquistou o feito de poucos, de fazer parte da superstição dos outros, que acreditavam que sua presença nos estádios poderia garantir o sucesso do Brasil sob os adversários. Ele, inclusive, foi o responsável por uma crença do filho, mantida durante os jogos que fizeram a Seleção Brasileira garantir o título de tetracampẽa.

“Em 1994, no Tetra, tinha uma camisa que ganhei do meu pai quando ele chegou da Itália em 90, que dizia 'Papa essa Brasil'. Usava ela apenas no jogo, quando o juiz apitava eu tirava e guardava para usar no seguinte. Sem lavar. Fomos campeões depois de 24 anos de espera”, relembrou, celebrando.

No geral, assim como o paralelo entre Clóvis e seu primogênito, existem superstições das mais simples até as mais excêntricas, algumas podem causar estranheza, mas todas estas crenças se baseiam na boa fé dos torcedores que, mesmo cientes sobre a imprevisibilidade dos jogos, em completa devoção ao futebol, depositam suas esperanças para que o melhor resultado seja alcançado.

*Metro1

Nenhum comentário:

Postar um comentário