11 de janeiro de 2023

Secretário da Seap visita Conjunto Penal de Feira de Santana após mortes de detentos

 Foto: Reprodução/SEAP

O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), José Antônio Maria, visitou o Conjunto Penal de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, nesta terça-feira (10). No domingo (8), três detentos foram mortos na unidade.

"As investigações estão em curso, embora a gente já tenha flagranteado os seis agentes criminosos que praticaram os assassinados. Nós já transferimos 12, hoje vamos transferir mais 13 para o Presídio de Serrinha [cidade a cerca de 70 km de Feira de Santana] e estamos tomando todas as providências", disse o secretário da pasta.

As mortes dos detentos têm relação direta com um "racha" em grupo criminoso, por causa de disputa de poder dentro da facção. Mais de 20 presos têm envolvimento com a situação.
De acordo com José Antônio Maria, medidas serão adotadas para que a situação não volte a acontecer.

"Nós tínhamos que verificar a área perimetral da unidade e o que existe entorno dela, para adotarmos as medidas de gestão de segurança. Vamos deixar claro que o Estado está presente em toda e qualquer situação em que se encontre uma coletividade em risco", disse o secretário.

Os detentos mortos foram identificados como: Júlio César da Silva Rocha, de 31 anos, Everson Avelino de Jesus, de 23, e Marcos Antônio Vitória Nunes, de 32. Dois deles foram decapitados e um asfixiado.

Relação com mortes na cidade
A delegacia da cidade informou ainda que outras nove pessoas foram mortas em Feira de Santana, entre o sábado (7) e o domingo, também relacionadas ao mesmo caso de disputa de poder. Ainda não há detalhes sobre essas mortes.

A direção do presídio informou que as mortes ocorreram depois que o banho de sol foi suspenso, a pedido da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), com a informação de que poderiam haver mortes por causa dos assassinatos cometidos na cidade.

Outro detento morto
Um outro detento identificado como Egberto de Jesus, de 58 anos, morreu após ter sido encontrado com marcas de agressões dentro de uma cela do mesmo presídio, no dia 4 de janeiro.

Inicialmente, a suspeita era que a morte havia sido provocada por traumatismo crânioencefálico, mas a direção do presídio informou que ele teria infartado.

*G1

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