EFE-O papa Francisco afirmou nesta
quarta-feira que as pessoas que estabeleceram uma nova união depois de um
divórcio "não são excomungadas e não devem ser tratadas como tais",
pois "fazem parte da Igreja".
"É necessária uma
fraterna e atenta acolhida, no amor e na verdade, em direção a estas pessoas
que efetivamente não estão excomungadas, como alguns pensam. Elas fazem parte
da Igreja", disse o pontífice.
Ele abordou tais reflexões na
audiência geral de quarta-feira, celebrada na Sala Paulo XVI, onde vai
acontecer durante todo o mês de agosto.
Francisco ressaltou a
importância de perceber as segundas uniões do ponto de vista dos filhos e
desenvolver nas comunidades o acolhimento desse público.
"Como poderíamos
recomendar a estes pais que façam tudo para educar os filhos na vida cristã,
dando a eles exemplo de uma fé convicta e vivida, se os mantivermos longe da
vida da comunidade?", questionou ele.
O pontífice argentino disse
que a Igreja sabe que as novas uniões após um divórcio contradizem o sacramento
cristão, mas reconheceu que são problemas reais.
"É por isso que a Igreja
sente o dever, pelo amor da verdade, de discernir bem as situações",
explicou.
Ao final, Francisco afirmou
que a Igreja deve estar sempre com as portas abertas e convidou os fiéis a
fazer como o Bom Pastor e colaborar nos cuidados às famílias feridas.
"Todos podem fazer parte
da comunidade, a Igreja é a casa paterna na qual há espaço para todos. A Igreja
não tem as portas fechadas a ninguém", concluiu.
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