1 de dezembro de 2016

Veja como foi a reunião do MP com membros do Ocupa e Desocupa Rômulo nesta quarta, 30

Na quarta-feira (30/11), a promotora de Justiça de Santo Antônio de Jesus, Dra. Aline Cotrim, se reuniu com participantes e representantes dos movimentos Ocupa e Desocupa Rômulo com a finalidade de por um fim a ocupação.
“Realmente tivemos um dia de muitas negociações, seguidas por várias reuniões, começamos às oito e meia da manhã e às 21 horas ainda estávamos no Ministério Público (MP) para tentarmos chegar a um posicionamento que pudessem privilegiar os direitos condicionais, tentando ouvir com bastante cuidado e atenção os reclames tanto do movimento ocupa quanto o do desocupa, disse Dra. Aline”.
A promotora também se reuniu com representantes da diretoria do Colégio Rômulo Almeida e do Núcleo Regional de Educação.

dr-aline-cotrim-2-meio-mate“Após muita conversa foi estabelecido pelo MP o seguinte, temos aí dois direitos importantíssimos de sede condicional que é o de livre manifestação e o direito educacional. Quando isso acontece a gente aplica a tese de ponderação de valores, pegamos o caso concreto e analisamos a razoabilidade de um direito que está sobrepondo o outro direito”.
Continuou a promotora: “No caso concreto, temos uma ocupação de mais de vinte e três dias, em que a própria diretoria cedeu total acesso, liberou salas e equipamentos públicos do colégio para que o movimento do Ocupa Rômulo pudesse fazer suas manifestações, que tem como pautas principais, as reivindicações federais contra a PEC 241 (Congelamento de Gastos Sociais), contra a MP 746 (Reforma do Ensino Médio), e contra o projeto de lei 193 de 2016 (Escola sem Partido), trazendo também algumas reivindicações, em nível estadual,  sobre estrutura física.
“Não nos colocamos de forma alguma contra o movimento, ou as próprias reivindicações, mas entendemos que já temos uma ocupação que já está em um tempo duradouro que causa um prejuízo escolar, estamos encaminhando para quase um mês de ocupação e o MP já está entrando nessa negociação como mediador no sentido de tentar que se retornem as aulas. O objetivo é que o direito de educação seja garantido, chegamos inicialmente a aventar uma possibilidade de uma assinatura de Termo de Ajustamento de Condutas (TAC), que quase chegamos a firmar, mas que no ultimo momento o movimento Ocupa Rômulo resolveu recuar, argumentando que seria preciso um tempo maior para ser analisado”.

“Esperamos que consigamos resolver essa questão pacificamente, mas caso contrario não podemos ficar esperando por tempo infinitivo, pois o MP não gostaria de ter que manejar uma ação judicial para usarmos a força policial, no entanto não podemos deixar o ano letivo ser prejudicado”, finalizou a promotora Dra. Aline Cotrim. (Uanderson Alves /Tribuna do Recôncavo)

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