“A economia baiana iniciou a sua recuperação, em meados de 2016, em ritmo inferior à média nacional, favorecida pela retomada na produção agrícola e, posteriormente, pelo mercado de trabalho, vendas no varejo, crédito às famílias, e as exportações”. Esta conclusão está registrada no Boletim Regional – publicação trimestral do Banco Central (BC) -, cujo objetivo é trazer uma visão das regiões do país, a partir de dados e indicadores econômicos.
Os dados econômicos e sociais foram apresentados, na manhã desta sexta-feira 15, na sede do BC, em Salvador, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Na ocasião, o chefe do Departamento Econômico (Depec), Tulio Maciel, e o analista do Depec em Salvador, Pedro Duarte Catarino dos Santos Carrico, analisaram o conjunto de informações sobre as diversas regiões, com ênfase no Nordeste e no estado da Bahia. O evento foi dirigido aos representantes dos setores público e privado e aberto à imprensa.
MOEDA ESTÁVEL
Túlio Maciel destacou a importância da estabilidade da moeda como pré-condição para o crescimento sustentável do país . “Isso porque a inflação eleva prêmios de risco e taxas de juros; diminui a confiança e encurta horizonte de planejamento; deprime os investimentos e o crescimento econômico. além de reduzir emprego e, portanto, renda e consumo. Por outro lado, aumenta a concentração de renda e diminui o bem-estar da sociedade como um todo”, justifica.
Na sua longa apresentação, de mais de uma hora, Túlio Maciel destacou que, a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) entre os anos de 2005-2017 foi de 2,2% e que a inflação atingiu 5,7%.
Em seguida, expôs e detalhou uma série de gráficos sobre: Índice de atividade econômica do BC; Produção agrícola; Produção física da Indústria; Índice de volume de vendas (Comércio Ampliado); Volume de serviços; Emprego formal; Taxa de desocupação (PNADC); Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN); Balança comercial regional; e Inflação (IPCA).
Revelou, ainda, que em 2016, o PIB da Região Nordeste atingiu R$ 889 milhões com uma variação real de -4,6% e a composição do indicador - por unidade federativa - colocou a Bahia com 28.8%. Ainda, neste ano de 2016, o estado totalizou R$258,6 milhões, ou seja, -6.2% da variação real do produto interno bruto.
ECONOMIA BAIANA
Por sua vez, o analista Pedro Carrico focou na sua apresentação a estrutura econômica da Bahia, destacando positivamente as seguintes atividades econômicas: Indústria de Transformação 13.8%; Comércio 12.9%; Aluguel 10.3%; e Administração Pública 20.4%.
Sobre crédito à pessoa física, Pedro Carrico revelou que este foi impulsionado pelo cartão de crédito à vista e pelo crédito consignado. “As maiores taxas de crescimento ocorreram nas cidades de: Juazeiro 15,4%; Alagoinhas 13,3%; Santa Maria da Vitoria 12,9%; e Salvador 7,5%.
No credito à pessoa jurídica, o analista revelou que o impulso se deu através da contratação do crédito rural; operações com recursos do BNDES e os financiamentos imobiliários. “Houve, ainda, a expansão em financiamentos às exportações; desconto de títulos e financiamento de veículos”, afirma. Entre os municípios que mais se destacaram nessas operações estão: Entre Rios, Irecê, Alagoinhas, Euclides da Cunha e Guanambi.
*Tribuna da Bahia
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