Casos de violência contra mulher aumentam 36% no país durante a pandemia

Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos parecem confirmar o que diversas autoridades, incluindo a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, já vinham apontando: a necessidade das pessoas permanecerem mais tempo em casa devido à pandemia da covid-19 pode estar contribuindo para o aumento da violência doméstica contra mulheres.

Na comparação com janeiro de 2019, o número de denúncias registradas por meio do Ligue 180 diminuíram 4,5% em janeiro deste ano. Já em fevereiro, houve um aumento de 15,6% das notificações quando comparado ao mesmo mês do ano passado. A tendência se manteve em março, quando o novo coronavírus chegou ao país e alguns estados começaram a adotar medidas para isolar a população e, assim, tentar conter a disseminação da doença.

Após 10 anos em cárcere privado, mulher é libertada em Salvador; suspeito é preso

Desde 2009 em situação de cárcere privado, uma mulher vítima de violência de gênero foi resgatada na tarde desta quinta-feira (07), por equipes da Delegacia Especia de Atendimento à Mulher. O companheiro, suspeito do crime, foi preso em flagrante no bairro de Tubarão, Subúrbio Ferroviário de Salvador.

Uma denúncia anônima levou os policiais ao imóvel dividido pelo homem de 41 anos e a companheira. Ao notar a presença policial, a vítima correu em direção a viatura e pediu socorro. “Ele a ameaçava e agredia constantemente. No dia anterior havia batido nela com um facão por não arrumar a cama”, revelou a delegada.

Mulher apanha do ex dentro de delegacia ao tentar registrar queixa

Um caso chocante foi registrado nesta quinta-feira (4) em Goiânia, onde um homem de 30 anos foi preso em flagrante depois de agredir a ex-mulher na recepção de uma delegacia da cidade, diante dos policiais. A vítima, que prefere não ser identificada, foi até o 5º Distrito Policial para registrar queixa contra o ex, Weverson Alves Barbosa, 30 anos, que não aceitava o fim da relação e estava usando o WhatsApp para ameaçá-la, segundo a denúncia.

Segundo o site Correio os dois viveram dois anos juntos, mas há seis meses a mulher resolveu se separar porque não aguentava mais apanhar em casa. "Ele jogou minha cabeça na parede a primeira vez e a segunda vez, ele grudou no meu pescoço, ficou cicatriz. Depois disso a gente se separou", narrou à TV Globo a vítima.